terça-feira, 24 de setembro de 2013

Planejamento financeiro: como planejar e controlar os gastos de viagem?

  Já expliquei no post sobre grana como levar dinheiro para viagem e o quanto em média levar. Mas daí vem a dúvida, utilizando cartão de crédito, travel money, dinheiro em espécie, como controlar os saldos e os gastos? Também gostaria de comentar um pouco a questão cambial e as taxas do travelmoney.

  Em primeiro lugar, vamos considerar que para você planejar sua viagem você deve ter noção das coisas que quer fazer: o custo de uma viagem para quem quer comer hamburguer e ficar em hostel é bem diferente de quem quer jantar na torre eiffel e andar de taxi. Eu indico que você siga o caminho do meio. Eu sei que todos esses anos de ônibus, restaurante universitário, compras na etiqueta vermelha da promoção, te fazem crer que você deve economizar. É como se você quisesse se penitenciar por estar gastando uma nota em uma viagem para o exterior e resolvesse economizar dirigindo durante 25 dias para não andar de trem. Mas acredite, ninguém foi a falência por que ficou num hotel 3 estrelas, ou almoçou no Louvre.

  Almoçando comida tipica da Holanda, não é tão barato como um fast food, mas dá vida à viagem.

  Minha opção é gastar o necessário com passeios e me alimentar bem, para isso eu mesclo um restaurante bom no almoço e uma janta no hotel com os sanduíches que comprei no supermercado. Misturo um taxi no dia que estava bem cansada, com longas caminhadas econômicas quando estava bem animada. Se dê ao luxo de realizar pequenas extravagâncias, mas também não fuja tanto da sua realidade econômica.

  Tendo uma idéia do seus gastos vá comprando euros aos poucos, assim você evita de deixar para última hora e o câmbio ter uma alta repentina, que te obrigue a pagar bem mais. No caso do cartão travelmoney, quando você coloca reais no cartão você está "comprando" euros, por tanto, sujeito a variação cambial do dia. Os mesmos mil reais podem lhe render um saldo de 330 euros, ou 360, conforme o valor que estiver o euro na data que você carregar o cartão. A grande pegadinha do cartão é que se você deixar o dinheiro parado por mais de um mês sem fazer uso do cartão, ele passa a cobrar uma taxa, sendo recomendável carregar seu travelmoney próximo a sua viagem. Na volta da viagem, se sobrar dinheiro no cartão e você quiser retirar, você vende para agência de câmbio, por um valor menor ao de compra, logicamente. Por isso, é vantagem utilizar todo dinheiro que colocar no cartão de viagem e ficar com dinheiro em espécie sobrando, para utilizar em uma próxima viagem, evitando taxas de venda ou de estar sem usar o cartão.

Restaurante de Amsterdam onde os clientes colocam cédulas monetárias nas paredes.

  Para controlar os gastos eu utilizei o velho e bom método analógico do bloco de anotações. Nesse bloco registrei quanto tinha inicialmente em cada um dos cartões de viagem (bandeira visa e master) e também quanto tinha em dinheiro. No final de cada dia, no hotel, juntava as notas fiscais e as marcava com um M ou V, assim tinha controle do que havia pago com cada cartão, caso viesse a ter algum problema no futuro. No bloco eu registrei todos os gastos do dia, escrevendo no que havia gasto e qual o valor, e fazia a soma do total. Separei uma página para cada cartão onde subtraia os gastos diários do saldo inicial do cartão. Assim foi fácil ter controle total sobre quanto tinha gastado e no que estava gastando.

Esse bloquinho é portátil e você pode controlar gastos, anotar endereço de hotel, coordenadas para ir do aeroporto até o metrô e tudo mais que quiser.



Abraços.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Artigos Relacionados: