quinta-feira, 24 de abril de 2014

Sintra-dia 2

  Nosso segundo dia em sintra começou cedo, o que não foi uma grande vantagem, nosso hotel cobrava pelo café e todos os restaurantes, cafés e padarias no centro de Sintra estavam abrindo as portas, mas ainda não atendendo clientes. Tivemos que caminhar para achar uma padaria aberta, isso que já eram quase 9h!!!! Café tomado, barriga cheia para enfrentar outro dia de caminhada, e esse dia foi muito divertido por um único lugar:  a Quinta da Regaleira. A quinta era residência de um homem bem rico, que pagou um arquiteto para projetar um jardim e um casa cheia de simbolismos de maçonaria, exoterismo e um estilo gótico, o resultado é absolutamente incrível.



  A Quinta fica bem perto do centro da vila de Sintra, então fomos a pé mesmo e em uma curta caminhada chegamos (o caminho tem uma cachoeira pequena super bonitinha), o horário de abertura era só às 10h, então tivemos que esperar um pouco. Fomos as primeiras a entrar, e ganhamos um mapinha muito útil para ter uma idéia dos muitos lugares a serem descobertos na enorme propriedade. É difícil descrever o local, pois ele é imenso e as principais atrações são bem aventura, mas vou tentar dar uma idéia. 






Os jardins são numa espécie de morro e você tem várias "camadas" para percorrer, nelas você encontra fontes, esculturas, recantos, vasos decorados, lagos, pontes, GRUTAS E TÚNEIS SUBTERRÂNEOS. Sim, a Quinta tem vários túneis que se interligam e levam a diferentes locais, alguns deles muito escuros. Para se ter uma noção levei meu celular e mesmo com a luz dele acesa não era possível enxergar nada, tamanha a escuridão nos túneis. Em alguns deles havia partes iluminadas por mangueiras de natal (sabe aquelas que se utiliza para papai noel luminoso?). Na primeira gruta que entramos eu quase morri de medo, primeiro por que era úmido, escuro, só estávamos nós em um parque enorme e eu pensei que poderia ter morcegos. Mas depois de ir conhecendo melhor o parque e de crescer o número de turistas ficou menos aterrorizante, e também não vi nenhum sinal de morcegos.













 O ponto alto do passeio, além dos túneis que levam até embaixo de cachoeiras e dos recantos escondidos, é a torre invertida, o poço iniciático. Um poço gigante que você pode acessar através dos túneis e subir os 8 circulos de escadas, que representam os circulos do inferno de Dante. Um passeio realmente surpreendente. 

  Além disso, há um outro posso, chamado poço imperfeito, com a mesma proposta do poço iniciático só que menor e mais rústico, mas igualmente impressionante.






  Ainda fizemos a visita dentro da casa, que é bem bonita e conservada, lá além de móveis e de parte da decoração, você pode conhecer mais sobre Carvalho Monteiro, o proprietário que realizou a construção exótica que hoje podemos conhecer e Luiggi Manini, que foi o arquiteto gênio que projetou e executou tudo. 










  O passeio na Quinta da Regaleira é super recomendado para quem tem filhos, para quem gosta de aventura, para quem gosta de passeio diferente. Vale muito mesmo!!!





  Saímos da Quinta depois de divertidas 4 horas e fomos almoçar. Optamos por um restaurante típico bem no centro da vila, chamado Adega de Caves, e que, como a maioria em Lisboa, tinha ótima comida a preço bom. Escolhi o Bacalhau à Brás  e super recomendo, muito bom, escolha esse prato, se tiver no cardápio, sem medo.


Nas últimas horas em Sintra fomos ao Palácio Nacional de Sintra, ou Palácio do Paço, que fica bem no centro da vila e tem duas chaminés imensas. O passeio é caro, para os padrões Sintra e não é tão incrível como o Palácio da Pena ou a Quinta da Regaleira. Veja bem, não estou dizendo que é rim, ou que me arrependo, só alerto que se você tiver que escolher ou só tive um dia, pode deixar de lado. O Palácio apresenta móveis, arquitetura e obras de arte dos tempos da realeza portuguesa, além disso você pode visitar os jardins, mas sã bem pequenos e simples.







  Assim encerramos nossos dias em Sintra e voltamos para Lisboa, se o leitor quer minha dica, VÁ A SINTRA, fique uns 3 dias. No nosso roteiro, gostaría de ter ido ao Palácio Monteserrat, ao Palácio Queluz e também a praia das maças, todos nos arredores de Sintra. Fora isso, enquanto estávamos na cidade, uma professora explicava o livros " Os Maias" para seus alunos, e pela explicação vários cenários retratados no livro são na cidade de Sintra, tornando-a um destino ainda mais fascinante.



terça-feira, 22 de abril de 2014

Sintra-dia 1


  Depois de tantas viagens, meu parâmetro de exigência já está um pouco alto. Quando vou a qualquer cidade inevitavelmente eu comparo, e comparar com Paris ou Roma não é fácil. Mas Sintra, essa cidade pequena, bem próxima de Portugal é um dos lugares mais de conto de fadas em que eu já estive. Vale a viagem, vale os gastos em euros, vale o sono mal dormido do avião, compensa tudo. Sintra é uma cidade de contos de fada, tem uma paisagem de serra, uma natureza linda e de quase todos os pontos pode ser visto no alto do morro o castelo mouro.

  Chegamos a Sintra de trem, que pegamos na estação Róssio, o preço é o mesmo do metrô e a viagem dura 30 minutos, aproximadamente. A estação em que descemos ficava a cera de 2 km do nosso hotel que estava exatamente no centro da vila de Sintra. Chegamos ao hotel Tivoli Sintra caminhando mesmo, o hotel é bem bom, tem quartos enormes (raridade na Europa) e nosso quarto tinha uma sacadinha com vista para o Castelo dos Mouros. Minha única queixa quanto ao hotel foi o fato de que o preço do serviço de quarto não ser igual ao preço do restaurante em si, achei confuso. No mais o hotel foi ótimo.

  Nosso primeiro passeio foi a ida ao Palácio Pena, que fica no topo de um dos morros gigantes de Sintra, eu não recomendaria ir a pé, até por que o passeio em si já exige um preparo físico grande. Dito isso, pegamos o ônibus bem no centro da vila. Os ônibus dão a opção de comprar um ticket só, um passe de ida e volta (que custa 6 euros e acaba sendo mais barato do que comprá-los em separado) ou opções com mais pontos turísticos e mais dias, daí o ideal é que você tenha um planejamento de passeios e localização das atrações para poder decidir.

  Optamos por ir direto ao Palácio Pena, já que era mais alto do que o castelo dos Mouros (descer sempre é mais fácil). Chegando lá, a bilheteria também tem muitas opções de tickets, e eu escolhi o combo palácio pena+castelo dos mouros+parque dos lagos. Mas se você tem muitos dias ou quer dar uma passada em todas as atrações possivelmente vai achar uma opção perfeitamente adequada a você já que haviam as mais variadas combinações de combos de atrações, com variados preços. Também pagamos 2 euros pelo passe do trem que levava até o castelo, pois é uma subida bem puxada.

  O trem saí a cada 15 minutos e demora cerca de 5 minutos para chegar ao Castelo. E uma pausa aqui para eu te alertar: O PALÁCIO É ESPETACULAR!!!!!! Lindo, imenso, ele fica quase nas nuvens! É a coisa mais Disney da vida real, lindíssimo! Para chegar até a entrada do castelo ainda é necessário uma leve caminhada rampa acima. Mas com um cenário maravilhoso como esse se torna fácil. Lá em cima, o Palácio possui vários locais onde você pode desfrutar de sua vista espetacular de Sintra e seus arredores e também um interior ricamente mobiliado e decorado.


  O Palácio da Pena em sua origem era um mosteiro, e foi ampliado e tomado como residência real, daí vem sua decoração majestosa e mobiliário riquíssimo. A visita durou cerca de 4 horas, contando o almoço, que foi um lanche lá mesmo.
















 Saindo do Palácio, decidimos ir a pé ao castelo dos Mouros, utilizando a trilha interna que liga os parques. Pense bem sobre essa escolha, pois a trilha era bem longa e nos levou ao parque dos lagos, um pouco abaixo da fortaleza Moura, mas igualmente linda. Tivemos que subir uma pequena ladeira para chegarmos a entrada do castelo Mouro. Como é uma fortaleza de pedras, lembra bastante as fotografias da Muralha da China. A vista da cidade de Sintra é espetacular, vale muito a pena enfrentar tantas escadas. Mas se você tem problemas com escadas e longas caminhadas, descarte esse passeio.


  Do castelo Mouro é possível se ter uma vista linda do Palácio Pena. O passeio dura cerca de uma hora se você estiver em dia com a ginástica.




  Saindo de lá, voltamos ao parque dos lagos, que na verdade são parte do Palácio da Pena, você pode desfrutar de um vasto terreno, com lagos, fontes, camélias, cisnes, relíquias do tempo em que ali estavam residindo monges. Mas o que eu estava com muita vontade mesmo era de fazer a trilha até o morro da cruz alta, que tinha a visão frontal do Palácio Pena, mas ficava a uma grande distância, caminhando morro acima. A caminhada e o esforço, mesmo após os degraus do Castelo Mouro valem muito a pena, pois a visão é a melhor possível da construção gigante que é o Palácio Pena, todavia, requer muita disposição e força de vontade, pois é um pouco cansativo.




  Após a trilha da Cruz alta, fomos para saída do parque e descemos todo morro percorrendo os jardins do Palácio Pena, o que vale bastante a pena. Pegamos o ônibus novamente e aproveitamos o fim de tarde fazendo compras na vila de Sintra, repleta de restaurantes e lojinhas com produtos artesanais. Jantamos no hotel, devido ao mais puro esgotamento físico, e também ao friozinho serrano de Sintra.

  Curtiu? No próximo post eu contarei todo sobre mais um passeio incrível em Sintra: a Quinta da Regaleira.

  Abraços.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Lisboa- dia 3

 Olá viajandões desse Brasil, mais um post sobre Lisboa, mas esse não é mais um, esse é  "O POST". Se você só tem um dia em Lisboa, vá até o Mosteiro dos Jerônimos e na Torre de Belém! Além de serem cartões postais famosérrimos da cidade, eles são lugares que valem a sua ida! Vá, tire mil fotos, aproveite a paisagem linda, coma pasteizinhos de belém na receita mais original, curta o Padrão do descobrimento. Como fazer isso tudo? Keep calm e leia tudinho no blog.

  Para chegar ao Mosteiro dos Jerônimos acordamos bem cedo e pegamos o elétrico 15, bem no centro de Lisboa, próximo a praça do Comércio. Em cerca de 20 minutos chegamos bem em frente ao Mosteiro, aguardamos o horário de abertura(10h da manhã), totalmente encantadas com a linda arquitetura, o Mosteiro é enorme e todo cheio de detalhes. A igreja do mosteiro era linda, lá estavam os túmulos de Luiz de Camões e de Vasco da Gama.

  Logo ao lado, é possível ter acesso ao interior do mosteiro, que é lindo! Lá dentro as salas contam um pouco da história de Portugal e do Mosteiro. Lá dentro, também está o túmulo de Fernando Pessoa, que é um pouco decepcionante pela sua extrema simplicidade.

  Fomos também na exposição arqueológica que fica no Mosteiro. Como fomos no domingo, todos os ingressos estavam grátis, então não saberei informar o que era pago e qual os valores. Só sei que vale bastante a pena, tem muitas relíquias romanas lindas. Se você já conhece outros grandes museus, como o  do Vaticano, Louvre, British, pode ser que não se impressione tanto. Mas eu gostei muito, ainda mais sem pagar nada.










  Bem em frente ao Mosteiro tem um parque lindo, com chafariz e jardins e tem uma vista linda do monumento Padrão do Descobrimento, que é gigante. No monumento há um elevador que permite a subida e a vista é linda, mas se o leitor permite-me um conselho, não suba, deixe seus euros para gastar na subida da torre de Belém, que é muito mais legal. No entanto, vale bastante a pena ir ao padrão do descobrimento, pela beleza e tamanho do monumento, quando eu cheguei, estava até uma caravela passando no rio Tejo, inacreditável.










  Voltando para a mesma calçada do Mosteiro dos Jerônimos logo ao lado está a Pastelaria onde tem a receita original do pastelzinho de Belém mais antigo de Lisboa. O lugar é imenso e muito movimentado, optei por pedir bolinhos de bacalhau e pastéis de belém, pois já passava das 13h e ainda não tinha almoçado. O tamanho da comida é bom, o preço é justo e o sabor, nem se fala, é espetacular.
  Saindo de lá fui ao museu da marinha que fica na extremidade do mosteiro. Como era domingo a entrada também era gratuita. O museu é bem legal para saber um pouco mais sobre os navegadores portugueses e suas conquistas. Mas não é imperdível, vá se tiver tempo livre.






  Para chegar a Torre de Belém é preciso fazer uma espécie de volta na quadra, mas tem placas que indicam o caminho. A vista é linda, a torre é maravilhosa! Pague o ingresso e tenha acesso a tudo na torre, é um passeio muito legal. Na torre há um subsolo com celas e vários andarem com vistas e guaritas.








  No restante do dia passeamos pelos arredores da Torre, com várias praças e prédios lindos.

 
Gastos do dia (euros):

Almoço-21,00
Elevador Padrão do descobrimento-3,00 por pessoa
Ingresso Torre de Belém- 5,00 por pessoa
Bebidas para janta-3,80 (jantamos a sobra do almoço)

Total-31,80 euros

*Obs: Os tickets de transporte que gastamos foram pagos no dia anterior no cartão passe do transporte.